Hora de arrumar a casa

Depois de o eleitorado ter confirmado que algo de seriamente errado se passa com as instituições que fazem sondagens em Portugal, os líderes de PSD e CDS já se reuniram para começar a definir o aspecto do próximo Executivo ministerial. Terminado o triste reinado socialista, será a hora de o centro-direita português reclamar a liderança do Governo português.

Contudo, nesta altura, tão importante quanto escolher quem vai para qual ministério e, já agora, quantos serão os ministros, é perceber qual a linha de acção e governo que esta nova gestão bicéfala vai seguir.

Desconstruindo, acaba por ser demasiado importante perceber quais os pontos em que o CDS vai ceder ao PSD – como nas alterações à TSU – e vice-versa, pois Paulo Portas não entrará numa coligação de governo pedindo em troca apenas o Ministério da Agricultura.

Depois da incompetência que pautou o governo Sócrates, principalmente nos últimos dois anos, o país precisa que o processo de construção do novo Governo seja feito de forma tranquila, pacífica mas, também, rápida e eficiente.

A passar por um momento bastante difícil, Portugal não pode continuar muito mais tempo apenas a ser gerido por um Executivo de transição. Precisa, o quanto antes, de receber a injecção de adrenalina que uma nova Administração traz sempre a qualquer empresa e começar a preparar o futuro.

E o futuro de Portugal passa pelas mãos de Passos Coelho e Portas. E, naturalmente, o futuro do governo deles depende muito das negociações que estão agora a ter lugar. Aquilo que ficar decidido nos próximos dias vai determinar, em grande parte, o funcionamento do próximo Executivo, a sua eficácia e capacidade para responder aos desafios que se colocam ao país.

A questão agora é muito simples: depois de arrumada a casa e definido o rumo a seguir, será esta a dupla que vai liderar a recuperação de Portugal?


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